terça-feira, 21 de abril de 2009

Modelos Pedagógicos, Modelos Epistemológicos

As leituras na interdisciplina de Psicologia são muitas, mas bastante relevantes.
Coloquei aqui, como evidências, os modelos de que nos fala o professor Fernando Becker.

Primeiro modelo: O professor ensina e o aluno aprende.
O professor age assim porque acredita que o conhecimento pode ser transmitido para o aluno. Ele acredita no mito da transmissão do conhecimento - do conhecimento como forma ou estrutura; não só como conteúdo.
Esta ação do professor é legitimada por uma epistemologia, segundo a qual o sujeito é totalmente determinado pelo mundo, pelo objeto ou pelos meios físico e social.

Segundo modelo: O professor é um auxiliar do aluno, um facilitador, como diz Carl Rogers. O aluno já traz um saber que ele precisa, apenas, trazer à consciência, organizar, ou, ainda, rechear de conteúdo.
O professor deve interferir o mínimo possível. Trata-se de um professor não-diretivo, que acredita que o aluno aprende por si mesmo, podendo ele, no máximo, auxiliar a aprendizagem do aluno. A epistemologia que fundamenta essa postura pedagógica é a apriorista.
"Apriorismo" vem de a priori, isto é, aquilo que é posto antes (a bagagem hereditária), como condição do que vem depois.
Essa mesma epistemologia, que concebe o ser humano como dotado de um saber "de nascença", admite também o ser humano desprovido da mesma capacidade ou seja, "deficitário". Mas esse déficit eles acreditam existir entre os miseráveis, os mal nutridos, os pobres, os marginalizados.

Terceiro modelo: É a pedagogia relacional e seu pressuposto epistemológico.
O professor acredita que o aluno só aprenderá alguma coisa, isto é, construirá algum conhecimento novo, se ele agir e problematizar a sua ação. Ação é a prática, seu modo de pensar é a teoria.

Fernando Becker afirma também:
Construtivismo - O conhecimento não é dado como algo definitivamente pronto ou terminado. Ele se constitui pela interação do indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e, muito menos, pensamento.

"Construtivismo não é uma prática, ou um método; não é uma técnica de ensino nem uma forma de aprendizagem; não é um projeto escolar; é, sim, uma teoria que permite (re)interpretar todas essas coisas, jogando-nos para dentro do movimento da história – da humanidade e do universo” (BECKER, 2001, p. 72).

Minhas reflexões:

Sobre o primeiro modelo:
O professor ensina e o aluno aprende ~> Para este modelo de professor, somente ele pode produzir algum novo conhecimento no aluno, ele pensa que seu aluno aprende apenas quando ele ensina, não levando em conta a bagagem anterior do aluno e sua capacidade de construir sua própria aprendizagem.

Quanto ao segundo modelo:
O professor é um facilitador da aprendizagem ~> Sabemos que o aluno traz consigo muitos conhecimentos, mas o professor não pode esquecer o que seria a característica fundamental de sua ação pedagógica: a intervenção no processo de construção da aprendizagem, construção esta que é de seu aluno.

E o terceiro modelo:
Pedagogia relacional ~> Engloba o que aprendemos de Piaget sobre sua epistemologia genética e também de Emília Ferreiro e outros educadores sobre o Construtivismo.
Ao assimilar novas aprendizagens o aluno desacomoda seu conhecimento anterior, construindo novos conhecimento, colocando-os em prática.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O Eu e o outro. diferenças e ancestralidade

A partir do que observamos, analisamos e relatamos na aula presencial, deveríamos colocar no papel estas nossas análises e impressões.
Fazendo esta atividade, ao repensar em como as pessoas me veêm, me dei conta de como ouvimos muito mais críticas e brincadeiras pejorativas do que elogios ao longo de nossa existência. E a palavra de colegas tem um grande peso e influência na vida da criança. A palavra do professor, tem ainda mais peso.
Isso também vai me fazer reforçar os elogios entre meus alunos, de contemplá-los com mais atividades que promovam os elogios entre eles próprio, para aumentar sua segurança e auto-estima.

Aula presencial de 26 de março.

Na aula presencial de Questões Étnico-Raciais na escola – Sociologia e História, tivemos que levar um espelho e ficássemos em duplas. A idéia era que, nessas duplas, nos observássemos, num primeiro momento; em um segundo momento, observamos a colega. A seguir expressamos nossas impressões sobre a colega, e se desejássemos, poderíamos expressar essas impressões para o grupo maior.
Nesta atividade devíam ser observadas:
As características físicas relacionadas à imagem e auto-imagem corporal: formato do rosto, dos olhos, da boca, do nariz, das sobrancelhas; tipo de cabelo; cor da pele dos olhos e do cabelo.

A professora Zita nos estimulou a conversar sobre as características que gostamos e as que não gostamos de nossa própria imagem corporal, ligadas a nossa origem étnico-racial.

A aluna e colega Márcia comentou como ficou feliz que seus filhos nasceram clarinhos. Eu sempre achei que não sou racista, mas na hora que a colega falou isso também lembrei que gostei que nenhum dos meus quatro filhos têm o cabelo como o meu! Todos têm o cabelo mais fino e liso.

Fiz a dupla com a minha filha e ela me disse que eu poderia dizer para ela: "Eu sou você amanhã!" Mas ela não é tão baixinha quanto eu.

Foi uma atividade bastante interessante.

domingo, 12 de abril de 2009

Conquistas e expectativas.

Minhas principais conquistas no semestre passado:
* Conseguir no período de recuperação ler, estudar e realizar as atividades em atraso;
* Aprender sobre a organização e o funcionamente do Conselho de Alimentação Escolar;
* Repassar os "conceitos estrutrantes"
* Saber que a Gestão Democrática se dá através da participação de todos os segmentos da comunidade, engajados na luta por uma escola igualitária para todos, buscando sempre um ensino de qualidade.
* Finalmente aprender a utilizar o paint e outras ferramentas que melhoram a qualidade do meu trabalho.

Minhas expectativas para o novo semestre:
* Continuar nesta caminhada, embora muitas dificuldades venham surgindo;
* Conseguir superar cada uma dessas dificuldades.
* Enriquecer meus conhecimentos.
* Buscar novas idéias, embasamentos teóricos e sugestões práticas para a minha atuação em sala de aula, principalmente com meus alunos da Educação Especial.
* Estar enriquecendo cada vez mais a minha prática pedagógica.