Esta foi a postagem que fiz no fórum do Rooda:
No dicionário está escrito:
Evidência
do Lat. evidentia
s. f.,
certeza manifesta;
qualidade ou condição do que é evidente;
(no pl. ) provas;
(no pl. ) demonstrações.
Argumento
do Lat. argumentu
s. m.,
raciocínio de onde se tira a respectiva conclusão;
razão;
prova;
exposição sucinta;
assunto;
enredo;
história preparada especialmente para cinema;
discussão;
altercação.
Só de olhar a carinha de tristeza do menino na introdução do filme, achei que ele não era um assassino.
Muitos homens não dão a seriedade devida ao que acontece a sua volta. É muito cômodo para o ser humano dizer logo um sim ou um não e se ver livre de quaisquer responsabilidades... Muitos preocupam-se apenas com a sua própria vida e lavam as mãos ao que diz respeito a vida de outros, mesmo sabendo ser um caso de vida ou de morte.
(Há anos não ouvia mais esta expressão: Putzgrila!)
Farei um rápido resumo do que assisti.
Espero que eu seja clara:
Evidência para o julgamento = O pai foi morto pelo menino de 18 anos a facadas.
Argumentos = Nascido em uma favela, a mãe foi morta quando ele tinha nove anos, viveu num orfanato por um ano e meio, enquanto o pai estava preso por falsificação. Apanhava na cabeça todos os dias, desde os cinco anos de idade.
Um dos jurados coloca como evidência o depoimento de uma quase vizinha do garoto (a que diz tê-lo visto matar o pai pelas janelas do trem que ia passando).
O Henry Fonda (jurado-arquiteto) argumenta: se vc não acredita nele, pq acredita nela?
O tal jurado ficou sem resposta.
Com seus inteligentes argumentos ele vai derrubando as ditas evidências: O canivete, que disseram ser o último e difícil de encontrar - o arquiteto conseguiu comprar outro igual. Como o vizinho de baixo ouviria o garoto gritar e o corpo cair, se a vizinha de frente disse que um trem passava no exato momento? Não daria para ouvir nada devido ao barulho do trem. Quando alguém com raiva diz querer matar outra pessoa, quer mesmo matá-la? Alguém se lembraria dos nomes exatos dos filmes que assistiu em determinada noite no cinema e de seus respectivos atores? Com seus argumentos, leva todos os outros jurados a refletirem e argumentarem também, alguns até se contradizem, e o quebra-cabeças vai sendo montado...
(Puxa, em 1957 era proibido comprar e vender canivetes!!)
Interessante: Depois dos jurados afirmarem que as crianças crescidas em favelas se tormam violentas e capazes de tudo, um deles agradece ao jurado ( àquele que disse ter sido um favelado) por não ter perdido o controle e não se deixar levar por emoções pelo modo rude com que foi tratado. O dito ex-favelado era um dos jurados mais controlados e pacificos.
Embora muitas sejam as evidências, estas devem ser discutidas e argumentadas, pois Nenhum juri pode declarar alguém culpado, ao menos que tenha ABSOLUTA certeza disto. (palavras do jurado-arquiteto)
O que mais me impactou (e me fez chorar) foi o jurado, o de gênio mais esquentado, que teimava em defender seu voto de culpado, mesmo depois que todos os outros declaravam o réu inocente. Ele transferia para este réu o desgosto que ele teve com seu próprio filho. No momento das argumentações, parece que ele mesmo se dá conta disto, ao rasgar raivosamente a foto de seu filho, e se rende aos prantos, declarando então o réu inocente. Muito linda a cena!
Adorei o filme!
Vou indicá-lo pra minha prima que está fazendo faculdade de direito!
Abraços a todos.
2 comentários:
valew,faço facul de direiro assisti esse filme,e precisava responder um questionario,seu resumo me ajudou lembrar de alguns fatos...
obrigada
yasmin
Olá Yazinha!
Tentei te responder mas não tem como, não consta teu e-mail em teu perfil. Pena...
Espero que volte aqui e leia o que escrevo: Que bom que o resumo te ajudou. Ao reler agora vi que foi um resumo "muito resumido" (rs rs) e que ficaram muitos pontos encobertos!
Sucesso em tua faculdade!
Um abração.
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