domingo, 7 de outubro de 2007

Novas aprendizagens.

Eu tinha até um certo orgulho em dizer que não gosto muito de interferir nas produções artísticas de meus alunos. Estudando agora sobre a Escola Tradicional, a Escola Tecnicista, a Escola Nova e sobre a Proposta Triangular, vi que eu não estava de todo correta, mas também não muito longe da verdade. Coloco aqui um pequeno texto que fala sobre isso:

Quando deixamos total liberdade para o nosso aluno:

Essa situação levanta questões que se relacionam com um ensino focado na educação através da arte ou Teoria da Livre Expressão, na qual o aluno se expressa com inteira liberdade sem qualquer tipo de interferência ou contribuição do professor. Parecendo, em princípio, uma situação ideal de ensino, esta aula, no entanto, pouco acrescenta no educando o conhecimento sobre a arte. Tende a caracterizar-se como exercícios de arte-terapia, o que, decididamente, não é a meta desejável para o ensino de arte nas escolas formais.

Aprendi que devemos sim dar liberdade ao nosso aluno, mas questioná-los. Fazer com que leiam e releiam diversas obras de diferentes artistas e épocas, dando sua opinião.

A Proposta Triangular propõe que se trabalhe de forma a possibilitar aos alunos a vivência e a compreensão das linguagens da arte, a partir da experiência de ver arte, saber e refletir sobre ela, do seu fazer, incluindo tudo que entra em jogo no percurso criador. Uma proposta que, além de valorizar os recursos pessoais, a pesquisa de materiais e técnicas, possibilita um trabalho centrado na percepção, na imaginação e na reflexão.

Proposta Triangular que, segundo Ana Mae Barbosa“é construtivista, interacionista, dialogal, multiculturalista e é pós-moderna por tudo isto e por articular arte como expressão e como cultura na sala de aula”.

Outro aprendizado que achei muito importante:

Para Barbosa, “Multiculturalidade não é apenas fazer cocar no ‘Dia do Índio’, nem tampouco fazer ovos de Páscoa ucranianos ou dobraduras japonesas ou qualquer outra atividade clichê de outra cultura”.

Uma proposta de ensino multicultural deve preocupar-se em compreender os objetos estéticos dentro de sistemas simbólicos culturais mais amplos, dando lugar às abordagens contextualistas, instrumentalistas e interdisciplinares para o estudo da arte. Obras de arte, nesta perspectiva, são representações sociais, portanto, constitutivas de visões de mundo de determinados grupos sociais (Hernández, 2000).

Um comentário:

elisabetebceron disse...

Janete!Como é bom fazermos uma reflexão sobre a nossa prática educativa,ainda mais percebendo que o caminho que trilhamos neste trabalho maravilhoso em ser educador/educadora estamos sempre tendo um grande aprendizado dia após dia,especialmente com os nossos alunos.